O governador Cláudio Castro (PL) afirmou, em coletiva nesta segunda-feira (17), que as primeiras ações da Operação Barricada Zero começam já na semana que vem, após a conclusão do planejamento conjunto com as prefeituras. Segundo ele, os municípios estão encaminhando entre hoje e amanhã seus representantes oficiais, e o cronograma final será fechado até quarta-feira (19).
De acordo com Castro, o protocolo prevê que a polícia entre primeiro para estabilizar a área, e será seguida por retroescavadeiras, caminhões e equipes técnicas responsáveis pela remoção e reconstrução das vias. A primeira fase da operação contará com 50 kits de demolição, incluindo rompedores hidráulicos, caminhões-basculantes e outros equipamentos de alto desempenho.
O governador também destacou que a participação dos municípios será decisiva para o novo modelo de atuação. Cada prefeitura ficará responsável por fiscalizar tentativas de reconstrução e avisar o estado imediatamente. Guardas municipais também deverão atuar no controle do entorno durante as ações.
Ao menos 13.604 barricadas foram mapeadas em 12 municípios prioritários, entre eles Rio, São Gonçalo, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Duque de Caxias.
Castro garante que policiamento retornará caso barricadas reapareçam
O governador reconheceu que, historicamente, a retirada de barricadas virou um processo de “enxugar gelo”, com criminosos reconstruindo bloqueios horas depois. Em vez de apenas retirar a barricada e encerrar a ação, o estado promete retornar sempre que houver reconstrução por criminosos.
“Agora não vai embora mais. Todo local onde voltar terá operação do Bope e da Core poucos dias depois”, explicou Castro.
Governo envia resposta ao STF sobre uso de câmeras pela PM
Castro também comentou o relatório do Ministério Público que identificou policiais atuando sem câmeras corporais em operações recentes — ponto que levou o Supremo Tribunal Federal a cobrar explicações formais do estado.
O governador confirmou que a resposta foi enviada na manhã desta segunda-feira, no último dia do prazo, ao ministro relator do caso. Ele não detalhou o conteúdo, afirmando que cabe ao ministro decidir sobre a divulgação.
Feito com informações do “RJ1”.
