Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12) revela que 73% dos brasileiros acreditam que organizações criminosas devem ser classificadas como grupos terroristas. Outros 20% discordam da proposta, enquanto 7% não souberam ou preferiram não responder.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
O estudo também investigou a percepção da população sobre o funcionamento da Justiça. Segundo os dados, 86% dos entrevistados concordam com a afirmação de que “a polícia prende, mas a Justiça solta porque a legislação é fraca”. Apenas 11% discordam dessa ideia, enquanto 1% não concorda nem discorda e 2% não souberam responder.
A divulgação dos resultados ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei Antifacção na Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP). O texto, tratado como Marco do Combate ao Crime Organizado, propõe mudanças na Lei das Organizações Criminosas, aumentando as penas de 3 a 8 anos para 5 a 10 anos.
O projeto também cria a figura da “organização criminosa qualificada”, com pena máxima de 15 anos para casos em que houver domínio territorial por meio de violência, coação ou ameaça.
Os números da Quaest refletem uma demanda crescente da população por medidas mais rigorosas contra o crime organizado e uma crítica generalizada à eficácia das leis penais brasileiras.
