Cameron Golisnky teve um prejuízo de 3 mil dólares e o celular roubado - Reprodução/Redes Sociais
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Cameron Golisnky teve um prejuízo de 3 mil dólares e o celular roubado – Reprodução/Redes Sociais
Cameron Golisnky teve um prejuízo de 3 mil dólares e o celular roubadoReprodução/Redes Sociais
Rio – A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (12), que identificou um suspeito de dopar e roubar um turista canadense, em Ipanema, na Zona Sul. O crime aconteceu no fim de outubro, quando Cameron Golinsky, de 35 anos, conheceu dois homens em um bar e, após beberem, seguiram para a casa dele. A vítima chegou a ficar desacordada por dois dias e havia suspeitas de que tinha sofrido abuso sexual.
O caso é investigado pela 12ª DP (Copacabana), que conseguiu identificar um dos envolvidos, por meio de imagens de câmeras de segurança. O nome do criminoso ainda não foi divulgado, para não interferir nas diligências da distrital, mas os agentes descobriram que contra ele já havia um mandado em aberto pelo golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela”, similar ao aplicado no canadense.
A delegacia fez um novo pedido de prisão ao envolvido no crime contra o turista. Cameron relatou em suas redes sociais que, no último dia 26, conheceu os dois homens em um bar, que o convidaram para beber cerveja. O turista disse que bebeu pouco, mas se sentiu extremamente bêbado e, em seguida, lembra de estar em uma “névoa” antes de perder a consciência e acordar nu em casa após dois dias. A vítima teve um prejuízo de 3 mil dólares – pouco mais de R$ 15 mil – e teve o celular roubado.
Em seu perfil, Golinsky contou que viajaria para Los Angeles, nos Estados Unidos, na terça-feira (11), para reativar a conta bancária e avaliar os danos financeiros. Havia ainda suspeitas de que o estrangeiro tinha sofrido abuso sexual dos homens e ele passou por um exame de corpo de delito, mas o crime não ficou comprovado. Nesta quarta, ele voltaria para Vancouver, no Canadá, para ficar com a família e buscar ajuda profissional.
Turistas são vítimas de ‘Boa noite, Cinderela’ no Rio
Em setembro, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) condenou Cláudia Mayara Alves Soliva a 20 anos e 10 dias de prisão em regime fechado pelo latrocínio de um colombiano vítima do golpe “Boa noite, Cinderela”. O crime aconteceu em outubro de 2024, quando ela e uma comparsa doparam e roubaram Manuel Felipe Martínez Mantilla, 33, que acabou morrendo. A acusada está presa desde março deste ano e a prisão preventiva foi mantida.
Na ocasião, a dupla conheceu a vítima na Pedra do Sal, na Zona Portuária, e a levaram para o Complexo do Maré. Elas doparam o homem com substâncias como clonazepam, ecstasy e metanfetamina na bebida dele. Depois de ficar insconsciente, o turista foi colocado em um carro de aplicativo e, ao perceber o estado do colombiano, o motorista o levou a um hospital, mas ele sofreu uma parada cardirrespiratória e não resistiu. O laudo apontou edema pulmonar por uso de substâncias tóxicas.
No mesmo mês, Vítor dos Santos Oliveira acabou preso em São Paulo por matar o turista argentino Alejandro Mario Ainsworth, 54. O estrangeiro foi encontrado morto sem sinais deviolência, em Guaratiba, na Zona Oeste, depois de ficar um dia desaparecido. Os indícios apontam para a possibilidade de ele ter sido vítima de “Boa Noite, Cinderela”, mas a causa da morte continua em investigação. A família relatou que as contas dele foram esvaziadas, empréstimos foram feitos e o telefone celular fez movimentações suspeitas.
Ainda em setembro, uma mulher foi presa por ter aplicado o golpe em turistas da Alemanha, Suíça e Noruega, bem como de São Paulo e Minas Gerais, que conheceu na Lapa, Região Central, e na Zona Sul, e outra pelo crime contra um turista francês, que conheceu na Pedra do Sal. Ele teve ferimentos graves ao ser arremessado de um veículo em movimento.
Já em agosto, vídeos que circularam nas redes sociais mostram um turista britânico desacordado na areia da Praia de Ipanema. Um homem passava pela Avenida Vieira Souto e gravou o momento em que a vítima, já desorientada, cambaleou pelo calçadão até cair com o rosto na areia. Posteriormente, a testemunha viu mulheres entrando em um táxi e fugindo. Mihailo Petrovic e Diego Bravo tiveram um prejuízo estimado de R$ 110 mil. Mayara Ketelyn Américo da Silva acabou presa pelo golpe contra os estrangeiros.