Cleiton Souza da Silva, 31, era considerado um dos responsáveis por fortalecer a presença nacional da facçãoDivulgação/Polícia Civil
De acordo com a Polícia Civil, originalmente, Cleiton integrava a facção Família do Norte (FDN), mas migrou para o Comando Vermelho, contribuindo para a reconfiguração das rotas do tráfico de drogas no país. A aliança passou a controlar importantes áreas de fronteira, como as regiões entre o Brasil, Peru e a Colômbia, por onde grandes carregamentos de drogas entram no território nacional.
Ainda segundo as investigações, o traficante era considerado um dos responsáveis por fortalecer a presença nacional da facção. Contra Cleiton, já havia histórico criminal por associação criminosa e extorsão mediante sequestro e, contra ele, havia um mandado de prisão em aberto. Além dele, outros oito bandidos do Amazonas já foram identificados entre os mortos.
Operação mais letal da história
Dos 121 mortos na megaoperação, que mobilizou mais de 2,5 mil agentes contra o Comando Vermelho, quatro eram policiais, – dois militares e dois civis – e 117 foram anunciados como suspeitos pela Polícia Civil. A ação já havia se tornado a mais letal do estado e, com o número de mortos atualizado, virou a maior da história do Brasil.
Segundo o balanço das forças de segurança, 58 pessoas morreram na terça-feira (28) e na quarta-feira (29), 63 corpos foram encontrados em uma área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde aconteceram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes. Moradores levaram todos os cadáveres até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
