Em um pronunciamento contundente no Plenário do Senado durante a semana, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) acusou o governo Lula de inércia diante da escalada da violência no país e fez um alerta dramático sobre o avanço do crime organizado no Ceará. A fala ocorre após a maior operação policial da história do Rio de Janeiro, que terminou com mais de 100 criminosos neutralizados, nos Complexos do Alemão e da Penha.
O senador anunciou ainda que integrará a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, prevista para ser instalada na próxima terça-feira (4). O objetivo do colegiado será investigar o avanço das facções em diversos estados e propor medidas efetivas para conter a criminalidade.
Girão afirmou que comunidades cearenses estão sob o domínio de facções criminosas e que a situação já se compara à do Rio de Janeiro. “Pedi intervenção federal desde março e até agora o governo Lula não se manifestou. A presença da Força Nacional é urgente para devolver à população a sensação mínima de segurança”, declarou.
O parlamentar cearense criticou a falta de integração entre as forças de segurança e alertou que o cenário vivido no Rio pode se repetir em outros estados. “Políticas públicas são importantes, mas não substituem o enfrentamento direto ao crime”, afirmou.
Girão foi enfático ao cobrar responsabilidade do Executivo. “O presidente Lula disse estar estarrecido. Mas estarrecido com o quê? Vetou o fim das saidinhas que aprovamos no Congresso. O governo passa a mão na cabeça de criminosos e não decreta facções como terroristas”, disparou o senador.
Segundo dados recentes, o Ceará enfrenta uma escalada de violência com aumento de homicídios e confrontos entre facções rivais. Em algumas regiões, moradores relatam toque de recolher imposto por criminosos e ausência do Estado. Girão já havia denunciado anteriormente que a população está “de joelhos para o crime organizado”.
A fala de Girão intensifica o debate sobre segurança pública no Brasil e pressiona o governo federal a adotar medidas mais duras contra o crime organizado. Enquanto isso, comunidades no Ceará vivem sob tensão crescente, temendo que o estado se torne o próximo epicentro da violência urbana.
