Megaoperação no Rio entra para a história do combate ao tráfico

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A megaoperação deflagrada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha é considerada a mais letal já registrada no estado. De acordo com a Secretaria de Segurança, foram mais de 100 suspeitos mortos, 81 presos, 93 fuzis apreendidos e mais de meia tonelada de drogas confiscadas.

Batizada de Operação Contenção, a ação foi resultado de mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e contou com a participação de milhares de agentes em 26 comunidades sob domínio do tráfico. Os confrontos envolveram o uso de drones com explosivos e barricadas incendiadas.

O governador Cláudio Castro se reunirá nesta quarta-feira (29) com a cúpula da Segurança Pública para avaliar os resultados da operação e, em seguida, deve conversar com governadores de outros estados por videoconferência.

A ofensiva reacendeu o debate sobre segurança pública e o papel do governo federal no enfrentamento ao crime organizado.

Repercussão política

Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), parlamentares de direita exaltaram a ação e defenderam o endurecimento das políticas de segurança.

  • Rodrigo Amorim (União) parabenizou os policiais e criticou o prefeito Eduardo Paes: “Hoje é um dia para mostrar ao povo que esse sujeito jamais poderá ser governador. Soldado de Lula, farinha do mesmo saco. Ambos têm peninha de vagabundo.”
  • Alexandre Knoploch (PL) destacou o poder de fogo dos criminosos e defendeu mudanças legislativas: “Precisamos de uma PEC que permita aos estados legislar sobre o Código Penal e endurecer as penas. Só com as forças de segurança não será possível vencer essa guerra.”
  • Douglas Gomes (PL) defendeu uma política de tolerância zero: “Se não adotarmos uma postura como a de Nayib Bukele em El Salvador, continuaremos a viver nesse ambiente de guerra.”
  • Thiago Gagliasso (PL) criticou a política do governo federal: “A frase do Lula de que o traficante é ‘vítima do usuário’ sintetiza a política petista. Os verdadeiros heróis são os policiais.”
  • Índia Armelau (PL) afirmou que parte dos criminosos veio de outros estados e cobrou apoio da União: “O Rio está sozinho. Não teve apoio federal. Por quê? É o governo do amor. Faz o L.”

Na Câmara Municipal, vereadores também se manifestaram:

  • Rogério Amorim (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, lamentou as mortes e prestou solidariedade às famílias de policiais: “A luta contra o crime deve ser uma bandeira de toda a sociedade.”
  • Fernando Armelau (PL) classificou a atuação do tráfico como “terrorismo” e criticou o governo federal por não reconhecer a gravidade da situação.
  • Leniel Borel (PL) defendeu mais integração entre órgãos e uso de tecnologia: “Nosso lado é o das famílias e das crianças que merecem viver sem medo.”

A operação e suas consequências colocaram novamente a política de segurança pública do Rio no centro do debate nacional.

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Rodrigo Da Matta é formado em Jornalismo, Radialismo e Marketing, com especialização em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP. Atualmente, é graduando em Publicidade e Propaganda, Ciências Políticas e Gestão Pública.
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