Em discurso no Rio Imagem Baixada, nesta segunda-feira (20), o governador Cláudio Castro (PL) fez um apelo à Assembleia Legislativa (Alerj), para que disputas políticas não impeçam a aprovação de projetos que garantem o funcionamento do estado e a continuidade de programas voltados à população.
Há 70 dias, Castro encaminhou à Alerj um pacotão, propondo mudanças (algumas, polêmicas) nas áreas de segurança e tributária. Mas, nem todos os projetos chegaram ainda ao plenário.
No Rio Imagem, o governador anunciou a ampliação do Programa Navega RJ, que faz o acompanhamento dos pacientes de câncer de mama. Com os olhos marejados, lembrou a história de sua mãe, Lúcia, que morreu após enfrentar um câncer de mama agressivo, em 1982. E usou a emoção para ilustrar a importância de ampliar o acesso ao tratamento oncológico no estado.
“Deus usa nossas histórias para construir a nossa vida. E quis Ele que o filho mais novo daquela mulher se tornasse governador e tivesse oportunidade de mudar essa realidade, tendo condições de construir uma rede de apoio, com atendimento humanizado, para mulheres que fazem tratamento de câncer”, disse.
Castro diz que precisa da aprovação dos projetos para ‘pagar o salário do servidor e manter políticas públicas ativas’
Neste momento, o governador defendeu que brigas políticas não atrapalhem avanços na área da saúde e em outras políticas públicas essenciais.
“A gente está em uma grande briga já há quase 70 dias para o estado não parar. Rogo aos deputados que não deixem disputas políticas atrapalharem programas como esse. É disso que estamos falando: de pagar o salário do servidor, de manter políticas públicas ativas, de garantir que a população continue sendo atendida” disse o governador.
Sessão de terça-feira vai limpar o caminho para votação do projeto dos royalties na quarta
A Alerj decidiu discutir, amanhã, 16 vetos de Castro — para evitar que a votação do projeto que autoriza o uso de royalties do Rioprevidência para o pagamento da dívida do estado seja bloqueada por mecanismos regimentais.
A proposta que mexe no financiamento da previdência dos servidores gerou bate-boca em plenário na última semana, e voltará à pauta na sessão de quarta-feira (22), em regime de urgência.
Durante a emissão de pareceres das comissões, o deputado Flávio Serafini (PSOL) tentou barrar o avanço da pauta ao apresentar um pedido com base no artigo 172 do Regimento Interno, que suspende votações enquanto houver vetos do Executivo pendentes de análise pela Alerj.
Para evitar novas contestações regimentais, o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), decidiu pautar todos os vetos em aberto. A estratégia vai garantir que a votação da proposta sobre o uso de royalties ocorra sem entraves na quarta-feira.
