Duas pessoas em situação de rua foram mortas e uma terceira baleada, em um ataque a tiros, ocorrido na madrugada desta sexta-feira, em Irajá, na Zona Norte do Rio. Dois homens não tiveram qualquer chance de defesa. Eles estavam dormindo em colchonetes quando foram atingidos por disparos de fuzil e de pistola. A terceira vítima chegou a despertar e tentou correr, mas também acabou baleada. Ela está internada em estado grave no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
Violência: ataque a tiros em Irajá tem sobrevivente baleado no rosto, num joelho e no tórax, que segue entubado
Na Zona Norte: um dos mortos de ataque a tiros em Irajá era percussionista e estava em projeto social
Os disparos foram feitos por pelo menos três homens. Eles desceram de um carro e atiraram quando estavam a menos de dez metros de distância das vítimas. As execuções aconteceram embaixo de um viaduto, na Avenida Pastor Martin Luther King Jr., nas proximidades da Estação de Metrô de Irajá, por volta das 4h. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se as mortes estariam ligadas a algum tipo de conflito envolvendo o tráfico na região. O elevado tem bases de sustentação com pichações da facção Terceiro Comando Puro (TCP) e divide as comunidades Malvinas e Rio D’Ouro, ambas controladas pelo mesmo grupo criminoso.
Bahia vivia nas ruas, em Irajá, e está entre os mortos de ataque a tiros na madrugada de 17 de outubro
Reprodução
Segundo a polícia, a parte inferior da construção funcionaria como ponto avançado de venda de drogas durante o período noturno e madrugada. O local fica a seis quilômetros de distância do Morro do Juramento, que tem áreas controladas pelo Comando Vermelho (CV). A região tem histórico de ocorrência de tiroteios, desde o início do ano, por conta da disputa de territórios na região, envolvendo as duas facções criminosas.
Apenas uma das vítimas foi identificada até agora. Um dos homens mortos no ataque era conhecido pelos moradores da região. Etervaldo Bispo dos Santos, de 52 anos, tinha o apelido de Bahia. Antes de viver nas ruas por mais de dez anos, trabalhava como cabeleireiro e, em seu estado de origem, era percussionista — atividade que seguiu em um projeto social oferecido no bairro.
Veja abaixo dez pontos da investigação que ainda precisam ser esclarecidos:
1- Quem são as outras duas vítimas do ataque?
2- O que teria motivado o crime?
3- Quanto tempo durou a ação?
4- Quem são os autores dos assassinatos e da tentativa de homicídio?
5- Qual o veículo usado pelos assassinos?
6- O carro era roubado ou clonado?
7- Alguma imagem do crime foi flagrada por câmeras de segurança?
8- Quem foi o mandante do ataque?
9- De que local os assassinos partiram?
10- Para que local fugiram?
Com informações da fonte
https://extra.globo.com/rio/casos-de-policia/noticia/2025/10/execucao-de-pessoas-em-situacao-de-rua-no-rio-veja-o-que-ainda-falta-esclarecer-sobre-o-caso.ghtml
Execução de pessoas em situação de rua no Rio: veja o que ainda falta esclarecer sobre o caso

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