O traficante Ygor Freitas de Andrade, conhecido como Matuê, foi morto nesta quinta-feira (8) durante uma ação da Polícia Civil na comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele era apontado como um dos principais líderes do tráfico na Cidade de Deus e investigado por envolvimento em ataques a dois agentes de forças especiais.
De acordo com as investigações, Matuê teria participado da ação que resultou na morte do policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em maio deste ano. A polícia também apura se ele foi o responsável por balear um policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), ferido no braço durante uma operação em agosto. Na ocasião, seis suspeitos foram mortos.
Segundo a Polícia Civil, Matuê também liderava invasões do Comando Vermelho (CV) em comunidades da região. Na operação desta quinta-feira, além dele, dois homens que atuavam como seguranças foram mortos.
A ação fez parte da Operação Contenção, iniciativa permanente para frear o avanço do Comando Vermelho em diferentes áreas do Rio. Após a troca de tiros, criminosos incendiaram barricadas na Estrada da Chácara, uma das vias de acesso à Chacrinha.
A operação foi conduzida pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e pela Core, que cercaram o local após identificarem que o traficante estava escondido na comunidade.
“No momento da abordagem, ele e os seguranças reagiram e foram neutralizados. Essa é mais uma resposta pela morte do nosso policial da Core, José Lourenço, já que ele era o principal suspeito de ter participado do confronto que o vitimou”, declarou o chefe da Polícia Civil, Felipe Curi.
“Essa foi mais uma etapa da Operação Contenção. Estávamos monitorando esse criminoso há bastante tempo e realizamos uma operação cirúrgica para capturá-lo”, completou Curi.
