O filho de uma escrivã da Polícia Civil foi morto durante uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, no bairro do Jurunas, em Belém (PA). Segundo a corporação, a vítima, identificada como Marcello Victor Carvalho de Araújo, teria reagido à abordagem. A família contesta a versão.
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Em nota, a PF informou que, “durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, um indivíduo reagiu à abordagem policial, foi atingido e, embora tenha recebido atendimento imediato, não resistiu aos ferimentos.”
Segundo relato da tia da vítima, Ana Carolina Carvalho, os policiais arrombaram a porta do apartamento onde estavam Marcello, sua mãe e o namorado dela, identificado como Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”. De acordo com a corporação, ele era o alvo da operação.
“Os policiais entraram no apartamento bastante alterados. O primeiro tiro atingiu meu sobrinho fora do quarto. Assustado, ele correu para dentro, e eles o seguiram, disparando novamente, e ele caiu”, contou a tia do jovem.
Ela também afirmou que a mãe do jovem tentou se identificar como policial civil, mas foi impedida pelos agentes. “Deram dois tapas na cara dela, chamando-a de vagabunda e mandando calar a boca. Ela não chegou a ver o filho morto, porque não deixaram”, acrescentou.
De acordo com a Polícia Federal, a ação tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais.
Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos, era formado em Educação Física e trabalhava como auxiliar administrativo na Polícia Civil. Ele era filho da escrivã Ana Suellen Carvalho e sobrinho-neto da promotora de Justiça do Ministério Público do Pará (MPPA) Ana Maria Magalhães.
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Nas redes sociais, Marcello costumava compartilhar fotos de momentos de lazer, além de registros praticando esportes, como jiu-jítsu.
De acordo com a promotora Ana Maria Magalhães, o corpo do jovem está sob custódia da Polícia Científica do Pará. Um perito da Polícia Federal, vindo de Brasília, deve chegar a Belém para realizar a análise. Os peritos da Polícia Científica do Estado acompanharão o procedimento, e somente após a conclusão dos exames o corpo será liberado para velório e sepultamento.
*Estagiário sob supervisão de Daniela Dariano