A Polícia Metropolitana de Londres desmantelou uma quadrilha suspeita de contrabandear cerca de 40 mil telefones roubados para a China. Segundo as autoridades, o grupo era responsável por até 40% de todos os celulares furtados na capital britânica no último ano.
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Segundo o jornal inglês The Sun, aoperação, batizada de Echosteep, é considerada a maior ação já realizada no Reino Unido contra o roubo e o tráfico internacional de celulares. As prisões ocorreram durante uma blitz de duas semanas em Londres e Hertfordshire, coincidindo com o lançamento do iPhone 17, da Apple.
A investigação começou em dezembro passado, quando cerca de mil aparelhos rotulados como “baterias” foram apreendidos em um depósito no aeroporto de Heathrow. Os pacotes estavam prontos para serem enviados a Hong Kong. A partir da descoberta, a polícia rastreou a rede e chegou aos dois supostos líderes da gangue — identificados pelos codinomes Seagull (“Gaivota”) e Heron (“Garça”) —, ambos cidadãos afegãos.
Os dois homens, na faixa dos 30 anos, foram presos dentro de um veículo adaptado que servia como base móvel para o manuseio dos aparelhos roubados. Outros quatro suspeitos foram detidos, e 15 pessoas acusadas de roubo e receptação também foram presas em ações simultâneas.
Durante as buscas, a polícia encontrou mais de 30 dispositivos suspeitos e milhares de telefones prontos para exportação. Segundo o inspetor-detetive Mark Gavin, que coordenou a operação, cada celular representa uma história de perda pessoal e trauma. — As pessoas guardam suas vidas nos telefones, e é devastador quando eles são roubados. Recebemos relatos de vítimas que perderam fotos de parentes falecidos e de outras agredidas durante os assaltos.
O comandante Andrew Featherstone, responsável pelo combate ao roubo de celulares na Polícia Metropolitana, destacou o impacto da ação. — Desmantelamos redes criminosas em todos os níveis, desde ladrões de rua até grupos do crime organizado que exportavam dezenas de milhares de aparelhos por ano.
De acordo com a polícia, os criminosos priorizavam aparelhos da Apple, devido ao alto valor de revenda no exterior — um iPhone usado pode chegar a custar até 5 mil dólares (cerca de 3,7 mil libras) na China. As autoridades estimam que cerca de 20% dos celulares roubados em Londres acabam no mercado chinês, 7% em Hong Kong e um terço na Argélia, onde a ausência de lojas oficiais da marca eleva a demanda por produtos de segunda mão.
