As vítimas do ataque terrorista à Heaton Park Congregation, em Manchester, foram oficialmente identificadas pela polícia nesta sexta-feira. Adrian Daulby, de 53 anos, e Melvin Cravitz, de 66, perderam a vida no atentado ocorrido durante Yom Kippur, descrito como “o dia mais sagrado do calendário judaico”.
Três outras pessoas continuam hospitalizadas, recebendo tratamento após terem sido feridas durante o ataque, que envolveu atropelamento e agressão com faca. O agressor, Jihad al-Shamie, de 35 anos, cidadão britânico de origem síria, foi morto pela polícia minutos após o ataque.
A polícia de Manchester informou que as famílias das vítimas foram comunicadas e estão recebendo apoio de agentes especializados.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reforçou o contexto antissemita do ataque: o homem “atacou judeus porque eles são judeus” e destacou que, embora não seja algo novo, “é um ódio que está crescendo novamente, e a Grã-Bretanha deve derrotá-lo mais uma vez”.
Com um veículo e depois a facadas, Jihad al-Shamie atacou pessoas que estavam do lado de fora de uma sinagoga no distrito de Crumpsall, na cidade britânica de Manchester.
O chefe de policiamento antiterrorismo britânico, Laurence Taylor, anunciou que três pessoas — dois homens e uma mulher — foram presas no âmbito da investigação do “incidente terrorista” e confirmou que o principal suspeito morreu após ser alvejado pela polícia no local.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento em que policiais armados atiraram no suspeito — o que Watson afirmou ter acontecido sete minutos após o chamado inicial. Podem-se ouvir agentes gritando: “Ele tem uma bomba, vão embora. Voltem!”. Uma equipe antibomba foi acionada no local, mas a polícia afirmou posteriormente que o dispositivo usado pelo suspeito na cintura “não era viável”.
O atentado ocorreu no feriado judaico do Yom Kippur, quando sinagogas costumam receber grande número de pessoas em jejum e oração. Os muito fiéis reunidos na sinagoga no momento do ataque foram inicialmente confinados dentro do prédio e retirados quando a ameaça cessou, segundo nota da polícia.
— Foi horrendo — disse Olivia Gold, que mora perto da sinagoga. — Somos uma comunidade tranquila, nos deixem em paz. Não queremos esse tipo de coisa aqui.