Por Fábio Queiróz*
Vivemos um tempo em que a inovação e a tecnologia não são apenas tendências, mas estruturas basilares para o desenvolvimento socioeconômico e dos setores privado e público. A revolução digital já deixou de ser uma pauta de futuro para se tornar um pré-requisito do presente. E o amanhã urge com pressa. É por isso que estar atento, e se antecipar, às transformações digitais é primordial. É através dela que ampliamos a eficiência da gestão pública, fortalecemos a competitividade das empresas e construímos novas oportunidades para toda a sociedade.
Foi com essa visão que, há alguns anos, idealizamos o Rio Innovation Week (RIW). O evento nasceu do Conecta Varejo, um encontro voltado para discutir os caminhos da modernização e desenvolvimento do setor supermercadista. Na época, como presidente da ASSERJ, percebi que a inovação precisava ocupar um espaço dorsal dentro do varejo, no centro do debate sobre o futuro do segmento e dos negócios no Brasil. O Conecta rapidamente cresceu, ganhou relevância e se transformou no RIW, o maior evento global de tecnologia e inovação.
O impacto foi imediato. O Rio de Janeiro, e o Brasil, passaram a ser reconhecidos como protagonistas do cenário global de tecnologia e inovação, garantindo nosso lugar no centro dessa discussão estratégica. Reunimos empreendedores, investidores, líderes do setor público e privado, grandes empresas, startups e universidades, todos em um ambiente dedicado a criar e discutir soluções e oportunidades. Mais do que um evento, o RIW se alicerçou como um movimento de transformação.
A relevância atingida foi tamanha que o projeto demanda avanços. E já temos traçado um novo destino: a expansão com a realização do São Paulo Innovation Week. Este passo é uma consequência natural da força que conquistamos no Rio e da necessidade de ampliar o alcance desse movimento, mostrando que o nosso país tem muito a oferecer ao ecossistema global de inovação.
Entendo que, como presidente da ASSERJ, é meu papel também mostrar ao setor supermercadista a importância da tecnologia como vetor de desenvolvimento. O varejo, todos sabemos, é um termômetro da economia e um segmento que dialoga diariamente com milhões de brasileiros. Ao investir em inovação, ampliamos a eficiência, aumentamos competitividade, geramos empregos e, principalmente, melhoramos as experiências. A tecnologia nos permite mais transparência e proximidade das necessidades de todos, seja de colaboradores, seja do consumidor.
Essa bandeira que levantei no setor supermercadista extrapolou fronteiras graças ao RIW. Isso reforça que é preciso ter a mente aberta às interseções que existem entre todas as atividades. Só assim chegaremos os melhores resultados. E a jornada não para. A dimensão alcançada fortaleceu também minha atuação internacional. Como vice-presidente da ALAS, tenho trabalhado para expandir essa agenda por toda a região. O potencial de disseminação desse movimento é enorme, e é uma honra estar entre os nomes cogitados para assumir a presidência da entidade no próximo mandato.
Agora, com a chegada do São Paulo Innovation Week e a possibilidade de levar esse movimento para as Américas, reafirmo meu compromisso de seguir lutando por essa agenda. Como disse a futurista Amy Webb na última edição do RIW: “Pode parecer difícil correr riscos estratégicos para promover mudanças significativas. Mas inventar o futuro exige coragem, trabalho e inovação”.
E é exatamente nessa crença que me apoio, porque acredito que esse é o caminho mais sólido para um futuro próspero.
- *Fábio Queiróz é presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), 1º vice-presidente da Associação das Américas de Supermercados (ALAS), futurista do varejo e cofundador do Rio Innovation Week
