FGTS, o motor da habitação: entre 2020 e 2024, mais da metade dos trabalhadores usou o fundo como entrada na compra da casa própria

Tempo de leitura: 3 min


O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é peça central para o acesso à moradia e para impulsionar o desenvolvimento urbano no Brasil. Entre 2020 e 2024, mais da metade dos trabalhadores usava o fundo como entrada para a compra da casa própria. Em 2025, esse percentual caiu para 24%, com a prioridade voltada para a amortização do saldo devedor — movimento que reforça ainda mais o caráter habitacional do recurso.

O tema foi debatido no painel “Diálogo público-privado – Habitação como política pública: financiamento, parcerias e impacto no desenvolvimento das cidades”, durante o Rio Construção Summit. A mediação foi de Renato de Sousa Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Leonardo Mesquita, vice-presidente de Negócios da Cury, vice-presidente da Ademi e presidente eleito da entidade, ressaltou a importância da clareza de diretrizes para transformar crédito em política pública efetiva. Ele citou o Porto Maravilha como exemplo de parceria público-privada viabilizada pelo fundo de garantia.

Para Raphael Lafetá, diretor-executivo de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV, é necessário manter a atenção sobre o papel do FGTS. Segundo ele, a cautela é fundamental para que o fundo continue sendo o principal instrumento de acesso à casa própria.

‘O FGTS é a pérola do Brasil’, diz vice-presidente de Habitação da Caixa

Representando o Ministério das Cidades, o secretário-executivo Hailton Madureira destacou as metas estabelecidas pelo governo. De acordo com ele, estão previstas três milhões de novas unidades habitacionais apenas em 2025, além de seis milhões até 2030.

Madureira afirmou ainda que o crédito habitacional poderá chegar a 20% do PIB.

Na visão da vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, o grande desafio é alinhar todos os atores do setor.

“O FGTS é a pérola do Brasil”, disse, ao reforçar o papel estratégico do fundo para a política habitacional.

O debate mostrou consenso entre representantes do setor público e privado: a habitação é uma política de Estado. Para garantir moradia digna e fomentar o desenvolvimento urbano, destacaram os especialistas, é fundamental a construção de parcerias sólidas entre governo e iniciativa privada.



Com informações da fonte
https://temporealrj.com/fgts-o-motor-da-habitacao-entre-2020-e-2024-mais-da-metade-dos-trabalhadores-usou-o-fundo-como-entrada-na-compra-da-casa-propria/

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *