Uma pesquisa do Colectta Instituto de Pesquisa e Estatística, encomendada pelo Jornal Regional, mostra que Jonas Dico e seu vice, Arsonval Liliu (Podemos), entram na reta final da campanha com uma vantagem expressiva sobre os adversários. Considerando os votos válidos, a chapa aparece com 49,2% das intenções de voto, mais que o dobro do segundo colocado.
Na sequência, Juarez da Saúde (Solidariedade) registra 23,8%, seguido por Bia Bogossian (PSD), que soma 17,3%. Anderson Muriçoca (PRD) aparece com 8,5% e Jorge de Almeida (DC) fecha a lista com 1,2%.
Além da liderança isolada, o levantamento identificou uma forte percepção de vitória em torno de Jonas Dico. Quando perguntados sobre quem acreditam que sairá vencedor das urnas, 53,7% dos entrevistados citaram o candidato do Podemos. Juarez da Saúde foi lembrado por 14%, Bia Bogossian por 8,7%, Anderson Muriçoca por 7% e Jorge de Almeida por 1%.
Segundo analistas, o desempenho de Jonas Dico está ligado ao apoio do ex-prefeito Joa Barbaglio e ao sentimento de continuidade de gestão. Em 2024, Joa conquistou a reeleição com 61% dos votos válidos, e seu apoio é considerado decisivo nesta disputa.
A pesquisa foi registrada no TER sob o protocolo nº RJ-00494/2024, realizada nos dias 20 e 21 de setembro com 600 entrevistados. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.
No quesito rejeição, o maior índice foi atribuído à candidatura de Bia Bogossian e Juliano Maia, com 18,7%. Em seguida, aparecem Professor Anderson Muriçoca e Jozemar com 15,3%, o mesmo percentual de rejeição da chapa de Jonas Dico e Liliu.
Já Juarez da Saúde e Professor Jacqueson foram rejeitados por 10,8%, enquanto Jorge Almeida e Luís Fernando Coelho registraram 10%. Outros 7,7% afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes, e 6,5% disseram que votariam em qualquer um dos candidatos.
Para o cientista político Rodrigo Da Matta, o cenário indica um favoritismo consolidado. “A pesquisa mostra não apenas uma vantagem numérica expressiva de Jonas Dico, mas também um fenômeno fundamental em disputas eleitorais: a percepção de vitória. Mais da metade dos eleitores acredita que ele será eleito, o que cria um efeito psicológico na reta final. Esse quadro reforça o chamado ‘voto útil’, quando parte do eleitorado migra para o candidato considerado favorito, reduzindo a competitividade dos demais”, comentou.
