Adolescente que perdeu perna e mão em ataque de tubarão volta à praia da tragédia

Tempo de leitura: 7 min




Até o ano passado, Lulu Gribbin era o que ela mesma chama de “menina normal”: frequentava academia de ginástica, jogava vôlei, praticava golfe e esqui aquático e curtia sair com os amigos e viajar.
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Porém, aos 15 anos, a adolescente do Alabama viveu um drama durante viagem a Seacrest Beach, na costa do Glfo do México (Flórida, EUA): ela foi brutalmente atacada por um tubarão e ficou entre a vida e a morte. Lulu perdeu a perna direita e a mão esquerda no ataque.
“Estávamos apenas pegando as ondas e meio que surfando de corpo (conhecido no Brasil como jacaré)”, lembra Lulu, agora com 16 anos.
De repente, uma amiga se virou e gritou: “Tubarão!”
As meninas começaram a nadar “para salvar nossas vidas, sem realmente pensar no que estava acontecendo”, lembrou Lulu.
“Estávamos todas em choque naquele momento”, emendou, de acordo com reportagem na revista “People”. “Levantei um braço da água e pude ver como se fosse carne no meu braço. E foi aí que percebi… que aquela era uma situação muito real. Tentei pedir ajuda, mas nenhuma palavra saiu. E só me lembro de acordar na praia com estranhos me cercando e salvando minha vida”, acrescentou ela.
Lulu foi transportada para um hospital em Charlotte, Carolina do Norte, onde passou 77 dias passando por cirurgias mais extensas, incluindo as amputações, e se recuperando.
Na reabilitação, Lulu teve que começar do zero: reaprender a se vestir, escovar os dentes, usar o banheiro, “basicamente tudo em que você nem pensa”. Apesar do óbvio desgaste mental que uma lesão como a de Lulu pode causar a uma pessoa, sua atitude positiva nunca vacilou:
“Havia tantos outros pacientes em condições piores do que eu e que não tinham a opção de fazer nem metade das coisas que eu fazia. Eles fariam qualquer coisa para estar na minha posição. Então, eu era grata por ter a opção de fazer o que eles estavam ensinando.”
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Lulu perdeu a perna direita e a mão esquerda em ataque de tubarão na Flórida
Reprodução/Lulu Gribbin
Lulu em reabilitação após ser atacada por tubarão na Flórida
Reprodução/Lulu Gribbin
Durante três meses, Lulu esteve acompanhada da mãe, Ann Blair, que dormia numa cadeira ao lado do leito da filha. O marido, Joe, ficou no Albama cuidando dos três filhos do casal, incluindo a gêmea de Lulu.
Um fator fundamental na recuperação e reabilitação de Lulu é que ela conseguiu colocar próteses mais cedo do que a maioria dos pacientes, explicam ela e a mãe.
“Minha situação é anormal. A maioria das pessoas coloca próteses muito tempo depois da amputação”, comemorou ela.
Quando Lulu finalmente voltou para casa foi recebida com uma onda de apoio no Alabama.
“No dia seguinte, houve um desfile na nossa cidade: 3.000 pessoas nas ruas”, contou a jovem.
Lulu voltou a esquiar e está aprendendo a surfar
Reprodução/Instagram
Lulu retornou à prática do golfe com prótese de mão especial
Reprodução/Instagram
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No ano que se passou desde o acidente, Lulu conseguiu reaprender a fazer todo tipo de coisa. Graças às próteses, Lulu conseguiu retornar ao golfe e ao esqui aquático. Ela tem uma mão especial para o golfe, encomendada especialmente pelo profissional que a ensina no Alabama, e impressa em 3D para atender às suas necessidades.
Retorno ao local do ataque
Mas o marco principal da recuperação da adolescente foi o fato de Lulu ter encontrado forças para retornar ao oceano — e mais do que isso: voltar à praia onde o ataque aconteceu.
“A primeira vez que voltei, foi realmente uma das melhores sensações de todas. Foi como uma sensação de paz e calma. E me senti muito livre, mesmo não amando o oceano, por estar de volta”, relatou a americana.
Seu retorno à água aconteceu durante um retiro organizado por Bethany Hamilton para meninas com deficiências nos membros. Empáticos com a ansiedade de Lulu, os organizadores a deixaram entrar na água por último.
Meses depois, ela fez outra viagem — desta vez com amigos e sua irmã gêmea, Ellie — ao mesmo local onde foi atacada.
“Não era a primeira vez que voltava para o Golfo, mas foi a primeira vez que voltei ao local onde tudo aconteceu. Eu simplesmente fiquei deitada na areia, como se estivesse deitada na areia quando todos os paramédicos chegaram. Foi muito emocionante”, relembrou a jovem.
Lulu e Ellie
Reprodução/Lulu Gribbin
Ela e a irmã recriaram o momento em que Ellie segurou a cabeça de Lulu na areia naquele dia.
“A única coisa que eu queria fazer era deitar na areia. E aí até meus amigos perguntaram: ‘Tem certeza que quer deitar na areia?’ E eu disse: ‘Ellie, deite na areia!’ Deitei na areia e então Ellie colocou a mão embaixo da minha cabeça e recriamos a cena e choramos. Foi uma espécie de paz de espírito.”
Lulu também criou uma fundação para ajudar amputados.
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Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/page-not-found/post/2025/09/adolescente-que-perdeu-perna-e-mao-em-ataque-de-tubarao-volta-a-praia-da-tragedia.ghtml

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