O suspeito de ter matado o influenciador conservador Charlie Kirk, pode receber pena de morte pelo crime. Jeff Gray, procurador de Utah, informou em coletiva de imprensa nesta terça-feira que Tyler Robinson, de 22 anos, será acusado de homicídio qualificado, um crime passível de pena de morte.
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Além de homicídio qualificado, Robinson também será acusado de obstrução de justiça e disparo ilegal de arma de fogo, segundo o procurador. Os promotores estão acrescentando agravantes às acusações, alegando que o atirador teve como alvo Charlie Kirk por causa de suas opiniões políticas.
Além disso, os promotores também acrescentaram várias acusações de interferência em testemunhas contra Robinson. O procurador declarou que o suspeito instruiu seu colega de quarto a apagar “mensagens incriminatórias” e a “ficar em silêncio se a polícia o interrogasse”. As comunicações de Robinson com amigos têm sido objeto de intenso escrutínio.
Gray iniciou seu pronunciamento afirmando que o influenciador foi morto enquanto “exercitava um dos nossos direitos americanos mais sagrados e estimados — a livre troca de ideias”.
Os documentos de acusação já foram apresentados no tribunal do condado de Utah. Neles, os promotores afirmam que foi encontrado DNA “consistente com Tyler Robinson” no gatilho da espingarda de ferrolho que autoridades acreditam ter sido usada no assassinato de Kirk. Não ficou claro se Robinson já tem um advogado. Caso não tenha, um será nomeado na sua primeira audiência no tribunal esta tarde.
O influenciador conservador Charlie Kirk, 31 anos, chefe da Turning Point USA (TPUSA), principal organização conservadora juvenil dos Estados Unidos, foi baleado e morto na última quarta-feira enquanto discursava em um evento no campus da Universidade Utah Valley.
Apoiador do presidente americano, Donald Trump, Kirk foi um dos que promoveu a teoria da conspiração sobre uma suposta fraude nas eleições presidenciais americanas de 2020. Foi também entusiasta das manifestações que resultaram na invasão ao Capitólio, de 6 janeiro de 2021.
Nascido em 1993 em um bairro rico de Chicago, o americano começou a ficar conhecido em 2012, quando publicou um artigo no Breitbart News, site conservador que chegou a ter como diretor outra figura proeminente entre os republicanos, Steve Bannon, ex-assessor de Trump. O texto argumentava que os livros didáticos usados em escolas do ensino médio estavam “doutrinando” os jovens com ideias progressistas. A controvérsia o levou a programas de televisão e lhe deu a plataforma para lançar a TPUSA, aos 18 anos.
Apesar de nunca ter ocupado um cargo público, trabalhado na Casa Branca na equipe de campanha, Kirk mantém relação de proximidade com o presidente americano.
(Matéria em atualização)