A Hamburgueria House 82 se pronunciou por meio de uma nota divulgada nas redes sociais sobre a apreensão de mais de 100 kg de alimentos vencidos durante uma ação da Vigilância Sanitária de Campos, realizada na última quarta-feira (9). O estabelecimento afirmou que houve uma falha humana na etapa de descarte de insumos e esclareceu que os alimentos apreendidos nunca foram utilizados no preparo dos produtos.
Infelizmente, nesta semana falhamos em um ponto específico do nosso processo: a etapa de descarte de insumos. Houve uma falha humana em identificar e concluir esse procedimento, e reconhecemos essa falha com total responsabilidade. É fundamental esclarecer que esses insumos nunca foram utilizados no preparo de nossos produtos e, portanto, jamais chegaram ao consumo dos clientes. Em todos esses anos de história, nunca houve qualquer relato de pessoas que tenham passado mal com nossos alimentos — e seguimos comprometidos em manter esse padrão”, diz uma parte da nota.
Ao noticiar a ação contra o estabelecimento, a VISA não citou o nome da hamburgueria, seguindo procedimentos internos. Na ocasião, foram divulgados apenas os endereços onde a lanchonete funcionava: Avenida Pelinca e Partage Shopping. Até que, nesta terça-feira (16), a House 82 se pronunciou publicamente e assumiu ter sido alvo da operação.
Confira a nota na íntegra
Nós da House 82 viemos a público para nos retratar sinceramente sobre o ocorrido recente, envolvendo a apreensão de insumos que deveriam ter sido descartados em uma de nossas unidades.
Ao longo dos últimos 10 anos, construímos em Campos dos Goytacazes uma história de dedicação, qualidade e respeito. Sempre buscamos ir além da relação comercial: cultivamos amizades, ouvimos a opinião de cada cliente e crescemos juntos com a cidade. Nosso modelo de cozinha aberta sempre foi pensado para demonstrar transparência e cuidado em cada detalhe.
Infelizmente, nesta semana falhamos em um ponto específico do nosso processo: a etapa de descarte de insumos. Houve uma falha humana em identificar e concluir esse procedimento, e reconhecemos essa falha com total responsabilidade. É fundamental esclarecer que esses insumos nunca foram utilizados no preparo de nossos produtos e, portanto, jamais chegaram ao consumo dos clientes. Em todos esses anos de história, nunca houve qualquer relato de pessoas que tenham passado mal com nossos alimentos — e seguimos comprometidos em manter esse padrão.
Queremos tranquilizar a todos de que esta foi uma situação isolada, que não reflete nossa trajetória nem os valores que sempre nortearam a House 82. Já tomamos providências imediatas: reforço na qualidade dos processos internos, aprimoramento de protocolos de fiscalização e descarte, além de auditorias constantes para evitar que algo semelhante volte a ocorrer.
Sabemos que a confiança se constrói ao longo do tempo, mas pode ser abalada em um instante. Por isso, reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a qualidade e, principalmente, com cada amigo que faz parte da nossa história.
A House 82 nasceu em Campos, cresceu com Campos e seguirá servindo com dedicação, carinho e responsabilidade.
Relembre o caso
A Vigilância Sanitária apreendeu 106 kg de produtos impróprios para consumo durante uma ação realizada em uma conhecida hamburgueria com lojas na Avenida Pelinca e no Partage Shopping, em Campos. Segundo informações da Visa, foram encontrados alimentos com data de validade expirada e adulterada com etiquetas coladas por cima da data original, configurando fraude e má-fé.
Em nota divulgada nas redes sociais, a Vigilância Sanitária também informou que foram encontrados produtos mofados e armazenados inadequadamente.
Foram apreendidos todos os pães, carnes, molhos, quase todos os queijos, e o estabelecimento foi autuado”, disse a Visa.
Ainda de acordo com a Vigilância Sanitária, a hamburgueria se trata de um infrator reincidente, “que mesmo tendo recebido todas as orientações pertinentes, insistiu nos mesmos erros”.
Advogado explica por que a Vigilância Sanitária não divulga o nome de estabelecimentos alvo de fiscalizações
O advogado Ademir Martins explica que não há uma lei específica que proíba tal prática. De acordo com ele, existem normas públicas do município, mas nada que impeça a Vigilância Sanitária de divulgar o nome dos estabelecimentos.
Segundo Ademir, os agentes da Vigilância Sanitária possuem suas funções regulamentadas pelas normas públicas municipais. Em Campos, uma das normas que pode ser consultada é o Código de Posturas Municipal, previsto na Lei 8.061/2008. As penalidades vão de advertência e multa até a perda da licença. No entanto, não há nessa lei informações quanto à exposição do infrator, o que permite entender que o sigilo na divulgação das operações está relacionado à cautela e à necessidade de permitir que o infrator se adeque às normas.
Apesar disso, o advogado considera que a não divulgação é o caminho correto, já que o infrator tem a possibilidade de responder e se ajustar às exigências feitas pela VISA.
Para Ademir, a cautela na divulgação é fundamental, primeiro por oferecer ao infrator a oportunidade de se adequar e, segundo, porque o estabelecimento, presumidamente, é um gerador de empregos que precisam ser resguardados diante da exposição, a qual pode provocar o encerramento abrupto das atividades e demissões.