As Cabulosas chegaram perto de um título inédito no Brasileirão feminino, mas foram superadas neste domingo (14/9) pelo heptacampeão Corinthians, na Neo Química Arena. Além da medalha de prata, o Cruzeiro também conquistou vaga inédita para a Libertadores, e celebra uma campanha histórica no cenário nacional.
Líder da tabela na fase classificatória, o Cruzeiro feminino passou por Bragantino e Palmeiras para chegar à decisão. No jogo de ida da final, empatou por 2 a 0 contra as Brabas, e, no decisivo, acabou perdendo por 1 x 0.
Uma das mais experientes do grupo, Byanca Brasil entrou em campo com a braçadeira de capitã, e após o apito final, falou à imprensa como uma líder. Ela lamentou a derrota, afirmou que o grupo queria muito o título, mas não deixou de valorizar o segundo lugar.
“Falar só dessa última partida é muito difícil, é doloroso para todo o grupo, mas não podemos deixar de exaltar toda a trajetória na competição. Terminamos em primeiro lugar (na fase classificatória), chegamos na final, fizemos uma linda festa em BH e outra linda festa aqui. Isso tudo é para exaltar”, comentou a camisa 10.
“Obviamente vamos aprender com a final para que lá na frente a gente possa buscar o título. O time merece os parabéns por toda a trajetória, e não só pelo jogo de hoje.”, continuou.
Apoio e investimento da diretoria fizeram a diferença
Desde que chegou à elite do futebol feminino nacional, o Cruzeiro vem investindo forte para ter um time competitivo, tanto no elenco principal quanto nas categorias de base. O técnico Jonas Urias havia afirmado que a meta do time era conquistar a vaga na Libertadores, mas o Cruzeiro mostrou que conseguiu brigar pelo troféu nacional.
Para Byanca, agora, as Cabulosas pisam em campo somente para ganhar, independente do torneio. “Todo campeonato que entrarmos a partir deste ano é para sermos campeãs”, declarou.
“Foi difícil pegar numa final uma grande equipe como o Corinthians, que há anos estão apoiando e dando estrutura para as atletas. Estamos tirando a diferença. Há 3 (anos) fazendo um grande trabalho”, continuou.
“Vamos colher muita coisa ainda. Temos que valorizar a medalha de prata sim. É pela nossa trajetória, por toda a diretoria, também pelo Pedrinho (Lourenço), porque não temos costume de ter um presidente dentro do vestiário. Ele é muito presente e sempre nos apoia. Quero agradecer toda a diretoria e temos certeza que daqui para frente vamos para mais”, completou.