Declaração de Christopher Landau critica o ministro Alexandre de Moraes após condenação de Jair Bolsonaro

O posicionamento foi em referência à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado –
Em uma publicação feita no X (antigo Twitter), na noite desta quinta-feira (11), o secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, embaixador Christopher Landau, disse que a relação com o Brasil chegou a um “ponto mais sombrio em dois séculos”. O posicionamento foi em referência à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, após ser derrotado nas eleições de 2022.
“Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, dói-me ver o ministro Alexandre de Moraes destruindo o estado de direito e levando as relações entre nossas duas grandes nações ao seu ponto mais sombrio em dois séculos”, escreveu Landau na rede social.
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“Enquanto o Brasil deixar o destino de nossa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo solução para essa crise”, continuou.
Christopher Landau teceu seus comentários compartilhando o posicionamento do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que ameaçou o Brasil com novas sanções depois da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. “As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, escreveu Marco Rio, também no X
Algumas das novas sanções ao Brasil que podem ser adotadas pelos EUA, estão a ampliação da Lei Magnitsky para os outros ministros que votaram concordando com a condenação de Bolsonaro, e aos familiares deles, fora a suspensão dos vistos e tarifas secundárias ao país por adquirirem petróleo russo. De acordo com fontes de Washington, a esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci Moraes, também pode ser em breve alvo da Lei Magnitsky.
O secretário de Trump disse na semana passada para uma comitiva de empresários comandada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que o problema das tarifas ao Brasil era uma questão política e que não iria surtir efeitos fazer lobby em Washington, mas sim em Brasília.