A presença de Kaio Jorge no jogo contra o Atlético, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil, pegou os torcedores do Cruzeiro de surpresa, já que ele se lesionou pela seleção brasileira e perdeu parte dos treinamentos na Toca da Raposa. Mas a sua titularidade, ou, mais que isso, seu protagonismo, não aconteceram por acaso.
Durante o jogo do Brasil contra o Chile, na quinta-feira da semana passada (4/9), o jogador sentiu uma lesão muscular de grau 2 (nível que varia entre 1 e 3) na coxa direita, por isso, foi dispensado pela CBF para retornar ao seu clube. Desde então, ele iniciou um tratamento intensivo para ter condições de atuar no clássico.
A não ser quando estava dormindo, o atleta de 23 anos ficou por conta de cicatrizar o músculo e fez diversos tipos de procedimento, incluindo choques. Em meio a isso, o Cruzeiro parou de revelar informações sobre as atividades, o que aumentou ainda mais a dúvida sobre a escalação.
Normalmente, jogadores que sofrem lesões de grau 2 demoram algumas semanas para se recuperar totalmente; no caso do camisa 19, que retornou em uma semana, é incerto se ele ficou 100% fisicamente, mas chama a atenção o nível em que atuou no Mineirão, onde marcou os dois gols da vitória celeste.
“Graças a Deus, com a ajuda aqui dos fisioterapeutas, dos médicos, num tratamento em conjunto, consegui estar apto a jogar hoje. Acordava às 7 horas da manhã e ia dormir meia-noite. Mas o esforço valeu a pena. Queria parabenizar a equipe também”, disse após o jogo, que colocou o clube na semifinal da Copa do Brasil.
O técnico Leonardo Jardim também falou sobre o assunto. “Na recuperação não existe milagre, existem lesões mais graves e menos graves. E às vezes não é só na hora da avaliação de grau 2 ou 3 que se determina se é uma lesão grave. Isso depende do grupo muscular onde foi. No caso do Kaio, foi em um grupo que não é dos mais importantes, o dos adutores”, explicou no programa Os Donos da Bola, da TV Band Minas.
“E além de não ser no mais importante, foi em uma parte periférica do adutor. Teve uma avaliação que indicou grau 2, mas depois já era grau 1. E conseguimos em sete, seis dias, pelo protocolo de recuperação, recuperar. Se esta mesma lesão fosse na região central do músculo, o jogador teria que parar por duas semanas”, completou o português.
