O Governo do Estado deu um passo decisivo para reduzir o apagão digital em regiões isoladas. Em cerimônia no Palácio Guanabara, foi assinado nesta semana um protocolo de intenções que vai levar telefonia e internet a 191 localidades sem qualquer cobertura de sinal, beneficiando cerca de 500 mil pessoas nos próximos quatro anos. Participaram da assinatura os secretários Feu Braga (Transformação Digital), Anderson Moraes (Ciência e Tecnologia), Vinicius Farah (Desenvolvimento Econômico), além de Rodrigo Xavier (Proderj) e Luciano Stutz (Abrintel).
O acordo, conduzido pela Secretaria de Transformação Digital em parceria com o Proderj e apresentado pela Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), destrava a instalação de antenas e cria um sistema digital unificado de licenciamento. Com isso, processos que antes se arrastavam por anos poderão ser concluídos em poucas semanas, acelerando a chegada do 4G e do 5G a municípios e distritos rurais.
“Conectividade deixou de ser diferencial e passou a ser infraestrutura básica de desenvolvimento. Levar internet de qualidade é garantir acesso a educação, saúde, emprego e fortalecer a economia local”, afirmou o governador Cláudio Castro.
Segundo o secretário de Transformação Digital, Feu Braga, o novo modelo elimina um dos maiores gargalos da expansão tecnológica no país:
“Um sistema único de licenciamento traz eficiência, reduz burocracia e acelera a chegada das novas redes. Isso significa mais competitividade e mais inovação para os municípios.”
A iniciativa faz parte do Programa RJ Digital Municípios e reforça a Lei Estadual nº 9.151/2020, que tornou o Rio de Janeiro pioneiro no incentivo à conectividade digital – modelo já replicado em outros estados. A implantação seguirá as regras do edital do 5G da Anatel: algumas operadoras serão responsáveis por levar o 5G às sedes municipais, enquanto outras implantarão o 4G em localidades rurais e afastadas.
Para Luciano Stutz, presidente da Abrintel, o impacto será direto na vida das comunidades:
“A ampliação da cobertura fortalece o uso de serviços públicos digitais, como prontuários eletrônicos na saúde, ensino conectado e políticas públicas em áreas que hoje vivem sem acesso sequer ao telefone.”
